AGC Chemicals amplia negócios com setor de autopeças no País
Fabricante fornece compostos químicos usados em componentes
Automotive BusinessPresente no Brasil desde 2012, a AGC Chemicals vem aumentando o fornecimento de seus compostos fluorquímicos para a indústria de autopeças, com cerca de 10 clientes globais do setor que já representam metade do faturamento no País. Atualmente a empresa importa dos Estados Unidos, Inglaterra e Japão insumos usados principalmente em componentes de plástico e borracha, como dutos, juntas de vedação e cabos elétricos. “Estamos recentes e ainda não atingimos todo o potencial do mercado brasileiro. O plano é que até 2017 a filial se torne um centro regional para atender toda a América Latina”, afirma Daniel Hamaoui, gerente de desenvolvimento de negócios da divisão da AGC no Brasil.
O grupo japonês AGC já está estabelecido no Brasil com sua divisão de vidros automotivos, que tem fábrica em Guaratinguetá (SP), e agora busca incrementar os negócios na região com seus compostos químicos de maior valor agregado, os chamados fluorquímicos. Segundo Hamaoui, a indústria automotiva está entre os maiores clientes porque precisa usar componentes de alta resistência e confiabilidade, que são fabricados com insumos especiais. “A decisão de vir para o Brasil e fazer uma base para os demais mercados latino-americanos foi tomada porque verificamos o aumento da demanda nas autopeças por compostos de alta complexidade tecnológica”, explica o executivo.
Entre os compostos fornecidos para a indústria de autopeças pela AGC Chemicals, os mais usados são o Fluon ETFE e o AFLAS. O primeiro é uma linha de resinas adesivas usadas principalmente em dutos de combustível de polipropileno e poliamida (nylon), para garantir resistência a agentes químicos e altas temperaturas, além de dissipar eletricidade estática e impermeabilizar completamente a peça para evitar emissões de líquidos ou gases. Já o AFLAS é um flúor-elastômero usado em componentes de borracha, como juntas de vedação, que trabalham em condições agressivas e por isso precisam resistir ao calor, compostos alcalinos, solventes e vapor.
Atualmente 100% dos produtos fornecidos pela AGC Chemicals no Brasil são importados. Ainda não existe decisão tomada para a instalação de uma fábrica. Hamaoui afirma que isso dependerá do comportamento do mercado, mas admite que seria possível para produzir os algumas misturas de compostos.