24/03/08 11h33

AES Eletropaulo dobra lucro em 2007

Gazeta Mercantil - 24/03/2008

Ano passado, a AES Eletropaulo conseguiu quase que dobrar seu lucro líquido, guardou dinheiro em caixa e reduziu sua dívida líquida. Este resultado de 2007 faz parte de um processo que a empresa vinha desenvolvendo nos últimos anos. "Conseguimos ganhos operacionais, eficiência na redução das perdas financeiras, aliado ao crescimento de energia comercializada de 4,6% em nossa área de atuação", disse o presidente das empresas AES no Brasil, Britaldo Soares, durante teleconferência. Em 2007, a Eletropaulo registrou lucro líquido de R$ 712,6 milhões (US$ 405 milhões), 91% a mais sobre 2006. A receita líquida foi de R$ 7,13 bilhões (US$ 4,1 bilhões), aumento de 3,2% ante 2006. O lucro antes do pagamento dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) foi de R$ 2,31 bilhões (US$ 1,3 bilhão), 7,2% menor que o de 2006. Esse resultado negativo foi impactado pela redução de 8,43% nas tarifas de energia, determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo pagamento de ações trabalhistas referentes a 2001. Para 2008, a AES Eletropaulo tem planos para investir R$ 550 milhões (US$ 312,5 milhões). Desse total, 75% são destinados aos serviços de manutenção, expansão do sistema elétrico e recuperação de perdas. A AES Tietê - braço gerador do Grupo AES - obteve em 2007 lucro líquido de R$ 609,1 milhões (US$ 346,1 milhões), resultado estável quando comparado ao de 2006. A receita líquida foi de R$ 1,46 bilhão (US$ 830 milhões), 5,5% sobre 2006. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 1,098 bilhão (US$ 623,9 milhões) em 2007. Para 2008, a AES Tietê tem projetos para investir R$ 224 milhões (US$ 127,3 milhões) em geração de energia elétrica. Deste total, 75% estão destinados à construção de cinco Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), que vão totalizar 60 megawatts (MW). Duas usinas serão construídas no estado de São Paulo e vão iniciar operação comercial no segundo semestre de 2009. Já as outras três, que serão instaladas no Rio de Janeiro, deverão gerar energia no segundo semestre de 2010, prevê a Tietê.