AES Eletropaulo coloca em operação nova subestação

Gazeta Mercantil - 03/04/2008

Há 54 anos, a cidade de São Paulo tinha pouco mais de 2,6 milhões de habitantes e uma demanda crescente por energia elétrica. À época algumas subestações entraram em operação e continuam em atividade. Certamente, os tempos mudaram. São Paulo, que tem 10 milhões, ganhou ontem da AES Eletropaulo, um reforço para a distribuição de energia elétrica. A empresa, que prevê para este ano investimentos de R$ 550 milhões (US$ 314,3 milhões) em novas tecnologias, substituiu uma subestação instalada há mais de meio século. A nova Estação Transformadora de Distribuição ocupa área de 1,5 mil metros quadrados - 8 mil metros a menos que a anterior - tem capacidade instalada de 120 mega volt ampére (MVA) e é a primeira, de oito que serão instaladas na cidade até 2012. A nova subestação custou para a Eletropaulo R$ 38,3 milhões (US$ 21,9 milhões) e está instalada numa área nobre, com mais de 160 mil habitantes distribuídos em cinco bairros e onde o metro quadrado é um dos mais caros da capital paulista. "A operação desta subestação se encaixa nos nossos investimentos e resolve o problema que a região vem enfrentando em conseqüência do rápido desenvolvimento", disse o presidente da AES Eletropaulo, Britaldo Soares. Construída em prazo recorde de 18 meses e tecnologia desenvolvida por um consórcio de empresas, a subestação vai rebaixar o nível de tensão da energia elétrica que chega das linhas de transmissão. Com isso, a distribuição será feita na voltagem ideal para alimentar indústrias, comércio e residências. Para a entrada em operação, a Eletropaulo desenvolveu ao longo de dois anos, obras de transposição das linhas de sub-transmissão de energia elétrica que alimentavam a unidade antiga. A subestação Itaim é operada por sistema digital e automatizado o que possibilita a comunicação com a central de operações da empresa. Para que seu funcionamento fosse possível, a AES Eletropaulo desenvolveu estudo da região. Atualmente, a empresa tem 148 subestações na sua área de atuação e prevê até o fim desse ano a entrada em operação de mais duas unidades. Com isso 75% dos investimentos serão destinados aos serviços ao consumidor, com a recuperação de perdas, manutenção e expansão.