06/01/09 10h37

AES diz que manterá no país investimento de US$ 282.6 milhões

Valor Econômico - 06/01/2009

As empresas distribuidoras de energia da AES no Brasil vão manter os investimentos previstos para 2009 e de acordo com Britaldo Soares, presidente da companhia, os ajustes, se ocorrerem, devem ser muito pequenos. A AES Eletropaulo investirá R$ 450 milhões (US$ 195.7 milhões) e a AES Sul cerca de R$ 200 milhões (US$ 86.9 milhões) para manter, expandir e atender sua rede básica. Mesmo que o consumo não cresça no próximo ano, em função da crise, estes investimentos se fazem necessários. Já no segmento de geração, os planos de novos investimentos da companhia seguem em um rumo pouco definido. A empresa hoje não pode tomar empréstimos do BNDES, em função da renegociação da dívida relativa à compra de participação na Cemig que está sendo discutida judicialmente. Outro motivo para concretizar investimentos pela Tietê é o fato de a companhia de geração possuir um fluxo de caixa robusto que facilita busca de recursos no mercado de capitais, por exemplo. O endividamento da empresa também é baixo, ficando em menos de 0,5 do lucro antes dos impostos e amortizações (lajida). Atualmente os novos investimentos estão concentrados em quatro pequenas centrais hidrelétricas no Rio e em São Paulo. A companhia vai precisar expandir em 15% seu parque gerador para cumprir as regras de privatização do governo de São Paulo. O prazo final para tais investimentos já esgotou, mas a AES Tietê está em tratativas com o governo estadual para prorrogar a exigência. Uma das alternativas seria comprar energia nova de usinas de biomassa, por exemplo. "Nossa prioridade de investimento no momento é cumprir esta obrigação", diz Soares. Mas um dos grandes interesses para novos investimentos da AES no Brasil é a energia eólica, como o presidente para a América Latina do Grupo, Andrew Vesey, já afirmou publicamente em meados de setembro. Segundo algumas fontes do setor, a empresa já tem um pé em geração eólica no Brasil quando fez um empréstimo com opção de transformá-lo em ações em um projeto do Proinfa (Programa de incentivos em infra-estrutura do governo), no Ceará. O aporte ficaria em torno de R$ 300 milhões (US$ 130.4 milhões).