07/06/10 11h08

Açotubo se renova para atender demanda do pré-sal

DCI

Para atender à demanda da exploração de petróleo no pré-sal, o Grupo Açotubo, o maior distribuidor de tubos e aços do País, deve inaugurar uma nova fábrica em Guarulhos (SP). "A unidade chega a São Paulo com a marca Artex, empresa do Rio de Janeiro que foi adquirida no ano passado e tem 20 anos de experiência no mercado", afirma o gerente de Projetos da empresa, Ivo Hoffmann. Segundo ele, a unidade foi trazida ao mercado paulista para atender à demanda por soluções de fornecimento para o pré-sal, e deve ser inaugurada em no máximo dois meses.

A Artex é uma das cinco maiores distribuidoras de aço inox no Brasil e, através da empresa, o Grupo Açotubo está ampliando a prestação de serviços na cadeia produtiva dos aços inoxidáveis, incluindo peças sob projeto. Hoffmann conta que há cinco anos a Petrobras vem ampliando a sua presença nos negócios do Grupo Açotubo. "Nós nos estruturamos para atender a estatal de petróleo, em uma área denominada Departamento de Projetos de Engenharia e Licitações, que atende tanto a Petrobras quanto as empresas que lhe fornecem produtos", diz Hoffmann. Hoje, 60% do faturamento do Grupo Açotubo vêm dos negócios com a estatal. "De 20% a 25% desses negócios são feitos diretamente entre a Petrobras e a Açotubo", diz o gerente.

O Grupo Açotubo explica que o pré-sal já está criando demanda para vários segmentos, como reforma de plataformas, construção de navios e novas refinarias, entre outras. "Na licitação para as sondas de perfuração, todas as empresas que participaram do certame nos consultaram sobre preços, e as ganhadoras devem sentar-se conosco para fechar negócio", conta o gerente.

O Grupo Açotubo, formado pelas empresas Açotubo, Incoteb e Artex, está há 36 anos anos no mercado e tem como principais fornecedores Gerdau, Confab e Vallourec & Mannesmann Tubes. "Somos fiéis aos nossos parceiros, não pensamos em substituí-los", diz Hoffmann. Ele acrescenta ainda que o aumento do preço do minério de ferro já exigiu que a empresa fizesse reajuste de 12% em seus preços e que, com novas majorações, os preços devem ficar ainda mais altos a partir do segundo semestre.