Acordo de cooperação irá beneficiar o Aglomerado
Jornal de JundiaíA partir do acordo de cooperação assinado nesta terça-feira (09), durante o 3º Congresso Técnico Brasil-Alemanha “Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos Urbanos”, Jundiaí, Florianópolis, Votuporanga e o consórcio alemão GFA trocarão tecnologias e conhecimentos para o tratamento do lixo. A experiência em tratamento de resíduos sólidos de Jundiaí poderá, no futuro, ser repassada em forma de consórcio ou prestação de serviços para os municípios do Aglomerado Urbano de Jundiaí (AUJ), melhorando a qualidade de vida de jundiaienses e também dos demais moradores da Região. Durante evento, o secretário de Serviços Públicos de Jundiaí, Aguinaldo Leite, lançou livro sobre o assunto. O 3º Congresso, realizado na sede de campo do Clube Jundiaiense, continua nesta quarta-feira (10), a partir das 9h.
Jundiaí já tem uma tecnologia da Alemanha para tratamento de resíduos sólidos orgânicos com testes em andamento. Nos próximos dias será instalada a segunda ferramenta, um contêiner para produção de um subproduto para a geração de energia (calor). Segundo Aguinaldo Leite, organizador do encontro, os resultados balizarão os investimentos futuros. “A partir do acordo firmado, trocaremos informações e tecnologias. O próximo passo é definir qual a tecnologia será mais bem utilizada pela cidade. Com este investimento determinado será possível ofertar a tecnologia em forma de consórcio para os outros municípios do Aglomerado Urbano de Jundiaí (AUJ) ou até prestação de serviços”, explica o secretário.
Para a engenheira civil e advogada, especialista em gestão empresarial e direito ambiental, Christiane Pereira, Jundiaí tem potencial de multiplicador de informação. “As tecnologias que Jundiaí testa são para cidades de pequeno e médio porte”, destaca a especialista. Para o diretor do Departamento de Resíduos e Recursos Naturais da Universidade Braunschweig e presidente do Centro de Pesquisa, Educação e Aplicação em Resíduos Urbanos, Klaus Fricke, tratar do resíduo sólido está diretamente ligado à proteção dos recursos naturais. Segundo o especialista, que foi ouvido pelos participantes com a ajuda de uma tradutora, o Banco Mundial estima que se os países europeus não reciclarem 90% do material descartado não conseguirão atender a demanda da população, devido à falta de matéria prima. “Reciclagem é recuperação energética”, aponta.
O engenheiro sanitarista e diretor da autarquia GFA da Região de Lüneburg e prefeito da cidade de Deutsche Evern, Hubert Ringe, disse estar satisfeito com o que viu em visita técnica realizada no início da semana, em Jundiaí. “O entulho está sendo reciclado com alto grau de qualidade e usado nas construções públicas. A experiência que temos em nossa cidade servirá para apoiar o novo sistema de tratamento de resíduos, que reduz a emissão de poluentes”, destaca.
Para o prefeito de Jundiaí, Pedro Bigardi (PCdoB), compartilhar conhecimento é fundamental para o desenvolvimento. “Jundiaí é a primeira cidade em qualidade no tratamento de esgoto. Ter técnica apropriada é possibilitar o compartilhamento de informações. Jundiaí já tem resultados práticos no tratamento de resíduos sólidos desde 2013, com o reaproveitamento do entulho de construção.”