Aceleradora Wayra do Grupo Telefónica ganha nova sede em São Paulo
IDG NowO segundo andar do edifício da Telefônica, na Bela Vista, bairro central de São Paulo, se diferencia dos demais do prédio. O local é a nova sede da aceleradora Wayra Brasil, que até então reservava à região da Berrini. No novo endereço, doze startups dividem o espaço e passam por uma espécie de graduação de seus negócios, além de receberem um aporte no valor de R$ 200 mil da Telefónica.
Segundo Renato Valente, novo country manager da Telefónica Open Future Brasil, programa global do grupo focado em empreendedorismo e inovação, a mudança visa estar em uma área mais central da cidade e, claro, mais próximo da própria Telefónica.
“Acho que o maior diferencial competitivo da Wayra é ter a Telefónica do lado. Você tem uma empresa gigantesca que não precisa ser necessariamente o primeiro cliente de uma startup, mas que pode mudar a história do negócio pela sua capilaridade, é uma empresa que tem milhões de clientes”, ressalta Valente que também fundou uma startup que passou pela primeira turma de aceleração da Wayra.
Ao todo, desde que começou a atuar no Brasil, a aceleradora do grupo Telefónica graduou 54 startups. Juntas, elas foram responsáveis por um faturamento de R$ 40 milhões em 2015. No ano anterior, o faturamento das mesmas companhias juntas foi de R$ 8 milhões.
“Para cada um real que a Telefónica investe, o mercado investe 5. Se você olhar para as outras Wayras no mundo, esse número é de 3,5. Temos empresa daqui captando R$ 30 milhões em rodadas de investimento. É um número que está crescendo. Faça chuva ou faça sol, com crise ou não, as startups vão embora”, defende o executivo.
Atualmente, o Open Future conta com unidades da Wayra na América Latina, Espanha, Alemanha e Inglaterra.
Parceria Inatel e Ericsson
Outra novidade para o Brasil é a criação de um espaço de crowdworking. Ainda em fase de implementação, o escritório ficará na cidade de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais e contará com a parceria da Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações) e Ericsson. O foco da iniciativa serão empreendedores que desenvolvam soluções em IoT e Telco.
Ao fornecer infraestrutura, suporte técnico e mentoria, o objetivo do programa é ajudar a impulsionar o talento local e incentivar jovens com vocação empreendedora a colocar em prática suas iniciativas. Em resumo, é uma espécie de “mini-Wayra”, porém sem aporte de investimento. Segundo Valente, a expectativa é abrir outras unidades de crowdworking e manter “olheiros” atentos às inovações no país.
Empreendedores que passarem pelo crowdworking, por exemplo, terão uma chance de serem acelerados pela Wayra, apesar de não ser uma regra. Para Valente, a instalação de novos escritórios do grupo é estratégica: visa encontrar mais empreendedores e projetos que possam agregar ao Open Future.
“O Brasil é um país muito grande e tem muita coisa bacana acontecendo. E quer queira quer não a coisa fica muito concentrada no Sudeste, e fora daqui é incrível a quantidade de projetos inovadores que temos”, diz o executivo.