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Accor planeja abrir 60 novos hotéis nos próximos três anos

Valor Econômico - 23/09/2008

Cinco meses após anunciar a construção de 20 hotéis em parceria com a construtora WTorre até 2011, o grupo hoteleiro francês Accor comunica que abrirá nesse mesmo período outros 40 novos hotéis no Brasil. Com isso, a Accor planeja abrir 60 novos hotéis até 2011. Os novos empreendimentos no mercado brasileiro receberão investimentos de cerca de R$ 600 milhões (US$ 368,1 milhões) nos próximos três anos. Nesse montante, já estão inclusos os investimentos em sete dos 20 hotéis a serem erguidos em parceria com a WTorre. Pela joint-venture, anunciada em abril, a construtora colocará R$ 500 milhões (US$ 306,7 milhões) e a rede Accor mais R$ 100 milhões (US$ 61,4 milhões) no projeto. "Após a estagnação do setor, que foi de 2000 até 2004, a demanda voltou a crescer em 2005 no país. Hoje o Brasil é o principal mercado da América Latina, representando 50% da região", disse Roland de Bonadona, diretor-geral da Accor para o Brasil e demais países da América Latina. Segundo Bonadona, a maior parte das inaugurações será com as bandeiras Formule 1 e Ibis, cujas diárias médias variam de R$ 75 (US$ 46) a R$ 97 (US$ 59,5), respectivamente. A decisão de apostar nesse nicho, mais popular, é porque o segmento econômico vem registrando o melhor desempenho dentro da rede. No primeiro semestre, enquanto o faturamento dos hotéis Formule 1 e Ibis avançou 27%, o das bandeiras Mercure e Novotel - com diárias de R$ 140 (US$ 85,9) e R$ 169 (US$ 103,7), respectivamente - cresceu 14%, quando comparado ao mesmo período do ano passado. O faturamento da rede Accor no Brasil, sem incluir a bandeira de luxo, Sofitel, nos seis primeiros meses somou R$ 375 milhões (US$ 230,1 milhões), uma alta de 15%, considerando o mesmo número de empreendimentos de igual período de 20007. A meta de Bonadona é chegar ao final do ano com uma receita de R$ 800 milhões (US$ 490,8 milhões). No ano passado, foi de R$ 640 milhões (US$ 331,6 milhões). "O crescimento é resultado do aquecimento da economia e do sucesso das marcas econômicas. A nossa taxa de ocupação que em 2000 era de 47% hoje é de 64%", afirmou o executivo francês, que está à frente da operação brasileira há 18 anos.