Abertura de empresas cresce 21% em Campinas
52,9 pontos é o índice de Confiança do Empresário Industrial Paulista, 2,9 pontos acima da média histórica
Metro CampinasO número de empresas abertas em Campinas cresceu 21,08% nos dois primeiros meses deste ano, comparado ao mesmo período de 2016. O levantamento é da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Campinas.
Em janeiro e fevereiro do ano passado foram 2.491 empresas a se instalar em Campinas. Já neste ano, o primeiro bimestre contabilizou 3.016 registros.
Entre as empresas que constam nesse número estão as de pequeno porte, microempresas e também empresas maiores, Ltda. e SA. Só não constam os MEI (Microempreendedor Individual).
A análise do crescimento tem duas explicações. A primeira, é que a economia deu indícios de melhora e também porque, com essa alta, a cidade apresenta condições para receber as empresas, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, André Von Zuben.
“Campinas reúne boa condição para que as empresas aqui se instalem. Possui boa infraestrutura e mão de obra qualificada. Aliado a isso, tem a recuperação da economia. Neste mês, já tivemos mais contratações do que demissões”, comentou. “Ajuda a cidade em vários aspectos, diretos e indiretos, movimentando a economia e dando empregos”, conclui.
Em março, duas empresas grandes se instalaram na cidade. A ReachLocal abriu Hub de expansão, por entender que se trata de um importante polo de desenvolvimento no interior. A empresa trabalha em tecnologias para as empresas marcarem presença na web por meio de campanhas em diferentes mídias.
A TAG Investimentos que foca gestão financeira também expandiu seus negócios para Campinas. A iniciativa é fortalecer a participação no mercado da região.
Na semana passada, a BYD foi inaugurada na cidade. A empresa traz tecnologia para produzir baterias e veículos elétricos, além de painéis solares.
Porém, as grandes empresas não são a maioria.
Segundo Laerte Martins, economista da Ade (Associação Comercial e Industrial de Campinas), 93% dos registros em fevereiro, por exemplo, dizem respeito a microempresas com renda até R$ 60 mil anuais.
“A política econômica começou a dar indídos de melhora. As empresas que chegam por aqui são em maior parte do setor tecnológico, pelo perfil da cidade”, explica.
Martins lembra também do forte crescimento das start-ups, que são empresas normalmente criadas dentro das universidades. “Você tem várias empresas em gestação, que acabam se transformando. Isso tem animado muito e crescido muito”, completa.