ABDAN fecha acordo com associação francesa para cooperação em projetos nucleares brasileiros
Petro NotíciasA Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN) assinou um memorando de entendimento com a Partenariat France Monde Electricité (PFME – Associação Mundial de Eletricidade da França), no Rio de Janeiro, para a realização de parcerias de negócios entre as empresas dos dois países, com foco nos futuros projetos de usinas nucleares a serem instaladas no Brasil, assim como nas atividades de manutenção da Central Nuclear de Angra dos Reis.
A parceria é baseada na relação criada entre a França e a China para o desenvolvimento da indústria nuclear do país asiático, ampliando o relacionamento de empresas das duas nações. O objetivo do acordo, replicado agora com o Brasil, é aumentar a circulação de informações sobre os projetos nucleares entre as companhias brasileiras e francesas, assim como apresentar os requisitos em termos de qualificação de materiais e serviços a serem fornecidos para as futuras usinas.
“Haverá mais espaço para energia nuclear entre as opções futuras de fontes de eletricidade no Brasil, assim como oportunidades para a indústria brasileira. De acordo com o memorando, o envolvimento de uma vasta cadeia de suprimentos do Brasil, integrando também pequenas e médias empresas, além de envolver empresas francesas, trazendo seus altos níveis de habilidade e seus feedbacks como operadores de uma grande frota de usinas nucleares, serão um componente chave para garantir o sucesso do futuro do programa nuclear do Brasil”, afirmou o presidente da ABDAN, Antonio Müller (à esquerda na foto).
O acordo visa desenvolver laços e negócios entre as cadeias de suprimentos da França e do Brasil, com o intuito de participarem do desenvolvimento de futuras usinas nucleares nacionais. Além disso, também encorajará empresas do setor nuclear da França a encontrarem representantes da cadeia de fornecedores brasileira.
“A ideia por trás deste memorando é criar parcerias entre a experiente e qualificada cadeia de suprimentos da França e a cadeia de suprimentos do Brasil, que possui um conhecimento aprofundado do contexto local e de suas regulamentações. Isto em todos os campos de atividades necessárias para construir uma usina nuclear, gerando benefícios mútuos”, complementou o presidente da PFME, Serge Klaeylé.