ABCD derruba desemprego em quase 50% nas últimas décadas
Região têm o segundo melhor rendimento salarial, perdendo apenas para a Capital.
ABCD MaiorO ABCD conseguiu reduzir em quase pela metade sua taxa de desemprego na comparação entre as últimas décadas. A constatação vem da Fundação Seade que divulgou nesta quarta-feira (22/07) estudo especial sobre evolução da ocupação, desemprego, setor de atividade e rendimentos. A pesquisa celebra as três décadas de realização da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego ) na Região Metropolitana de São Paulo. O ABCD obteve bom desempenho em diversos itens, inclusive no aumento rendimento no período.
O estudo A trajetória das taxas de desemprego das regiões analisadas reflete a evolução das características demográficas e socioeconômicas que marcaram os dois períodos de vigência da pesquisa”. Entre 1985 a 2000, houve o maior aumento da força de trabalho em relação à ocupação e elevou as taxas de desemprego. Já de 2000 a 2014, ocorreu a recuperação do crescimento da economia e o menor incremento da força de trabalho, com isso, reduziram-se as taxas de desemprego a níveis inferiores aos observados.
No ABCD, a taxa de desemprego passou de 12,9% em 1985, para 18,7% em 2000 e caiu para 10,7% em 2014. Apenas a Região de Osasco (10%) e do município de São Paulo (10,3%) apresentaram taxas menores do que o ABCD no ano passado.
Na distribuição de trabalhadores ocupados nos demais municípios em 2014, o ABCD se destaca na concentração de assalariados com carteira de trabalho assinada no setor privado no ABCD (58% do total de trabalhadores na Região). Em 2000 correspondia a 44,1%. Depois vem a Região de Osasco (56,9% de carteira assinada) e Região de Guarulhos (54,7%), proporções que eram de 41,8% e 39,4% no início dos anos 2000.
A pesquisa revela que o ABCD e a Região de Guarulhos são as que detêm a maior concentração de trabalhadores na indústria de transformação (25,1% e 21,2%, respectivamente), com predominância de ocupações no ramo de metalmecânico, principalmente no ABCD. “Esse segmento é mais intensivo em capital e tecnologia e com presença de empresas de maior porte, o que vem acompanhado de maior concentração de postos de trabalho qualificados e de organização dos trabalhadores, dois fatores que contribuem para uma remuneração mais elevada, em relação a outros segmentos de atividade econômica”, afirma a Fundação Seade.
Nesses 30 anos da PED, os maiores rendimentos médios dos ocupados da região Metropolitana de São Paulo permaneceram com os moradores da capital. Entre R$ 4.236 e R$ 3.082. Em seguida, os trabalhadores do ABCD obtiveram rendimento maior (R$ 2.163), seguida pela Região de Osasco (R$ 1.655) e a Região de Guarulhos (R$ 1.584).
A Região Metropolitana de São Paulo atualmente está mais de 20 milhões de habitantes. A pesquisa abrange dados da Capital, ABCD, e mais 31 municípios como os da Região de Embu das Artes, Osasco, Mairiporã, Guarulhos, com dados da Ped dos últimos 30 anos.