05/11/18 12h37

ABC na rota dos investimentos

Repórter Diário

Enquanto as iniciativas que precisariam fortalecer e manter as empresas locais, como o Polo Tecnológico e a retomada da Agência de Desenvolvimento Econômico estão paradas, a iniciativa privada mostra que há espaço para investir na região e que a boa vontade dos poderes públicos locais pode ser um bom aliado para gerar empregos e renda.

Exemplos não faltam. Nos últimos dias, a construtora MBigucci, com sede na região, anunciou o lançamento de uma nova marca, a Big Tec, para atender aos projetos do Minha Casa Minha Vida. A empresa anunciou ainda o lançamento de um condomínio empresarial em Santo André. E foi em outro condomínio da construtora, desta vez em São Bernardo, que foi inaugurada esta semana uma unidade do Supermercado Sonda.

Seguindo os bons ares que sopram na região, hoje abrem-se as portas do MercadoCar, um grande shopping paulistano de autopeças que tem agora a primeira loja no ABC, instalada na avenida Ramiro Coleoni, em Santo André. O negócio possibilitou a geração de 400 empregos diretos.

A rede Raia-Drogasil inaugurou, também esta semana, mais uma unidade na região, a segunda em Diadema. O grupo tem planos de abrir 240 lojas este ano, e número igual no ano que vem, por isso, é possível que novos investimentos cheguem por aqui. E foi também em Diadema que no início de outubro foi inaugurada fábrica da ReciclaBR, a segunda da região, já que a empresa já tem unidade em São Caetano. A nova unidade gerou 130 empregos diretos e a direção já está à procura de terreno para novo investimento no ABC. E Santo André está no radar.

Esses exemplos são prova de que a crise existiu, mas a economia tem conseguido ao poucos arrumar uma forma de se ajeitar e crescer. Desculpas de quem prefere enxergar o copo meio cheio sempre vão ter. O fato é que há espaço ocioso, mão de obra qualificada e boa posição geográfica para atrair investimentos. Falta apenas mudar o marketing, a forma como os empresários de fora veem o ABC. Não mais como parque fabril antigo e um sindicalismo inimigo. Estudo realizado na Universidade Federal do ABC já apontou isso.