A importância das startups para a renovação e desenvolvimento do mercado
Época NegóciosFenômeno recente na história, as startups estão renovando mercados e, em alguns casos, desafiando os modelos existentes.
Além de criar novas tecnologias, muitas observam uma inovação e desenvolvem outras maneiras de utilizar aquele conhecimento. Com seu crescimento, viram empresas influentes e de sucesso, e chegam a mudar alguns paradigmas importantes. Um exemplo conhecido para quem vive em grandes cidades é a norte-americana Uber, prestadora de serviços eletrônicos na área do transporte privado urbano que começou como uma startup em 2009 e hoje opera em mais de 600 centros urbanos pelo mundo com um faturamento de US$ 7.5 bilhões em 2017. Hoje a empresa mudou a forma dos brasileiros de se relacionar com o transporte coletivo.
O Brasil é hoje o 13º melhor ecossistema do mundo para startups, segundo pesquisa do instituto Startup Genome. De acordo com a StartSe, o maior banco de dados de startups do país, existem atualmente em seu cadastro mais de 9 mil startups registradas. Esse número pode ser ainda maior segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), que aponta para algo entre 10 e 15 mil espalhadas pelo país, levando em conta a falta de CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) para boa parte delas, que ainda se encontram em fase inicial.
Nessa lista estão desde gigantes do mercado brasileiro, como a iFood, presente em mais de 100 cidades do Brasil e dona de uma cartela com mais de 5.000 restaurantes, até startups menos conhecidas, mas tão criativas quanto, caso da SysHaus, desenvolvedora de uma casa inteligente e sustentável que fica pronta em apenas 6 meses.
Apesar de concentradas na região sudeste, onde está o maior número de startups brasileiras, com São Paulo respondendo por 43%, Minas Gerais por 12% e Rio de Janeiro por 9.7%, a cidade com o maior número de startups por habitantes é Florianópolis, casa de negócios inovadores, como a RD (Resultados Digitais), startup de marketing digital que em sete anos já opera com 600 colaboradores atendendo a 20 países, e a Agriness, que oferece soluções tecnológicas para 90% dos produtores de suínos do Brasil.
De acordo com o Censo StartSe 2017, os três setores com mais startups no país são tecnologia da informação, comércio e varejo e educação. E dentro de cada uma delas a idade média dos fundadores é de 33 anos, gerenciando equipes formadas por 58% de colaboradores de perfil técnico e 42% com perfil business.
Ciente da importância de startups no país e seguindo conectar as pessoas ao futuro por meio da inovação, a unidade de aviação da GE do Brasil abre inscrições para o Desafio InovAR, que promete dar asas a projetos inovadores voltados para o planejamento de demanda e previsão de materiais nas oficinas de manutenção da GE Aviation. As inscrições são gratuitas e estão abertas até 13 de setembro pelo site do desafio InovAR.
Podem participar startups devidamente constituídas e que estejam em situação regular perante os órgãos governamentais em seu país – sendo que nenhuma pode estar vinculada a qualquer governo. Outra exigência é que os projetos estejam em fase beta (tecnologia/produto/serviço estruturado e com testes de validação realizados) ou launched (tecnologia/produto/serviço no mercado, com utilizadores e/ou aprovação regulatória concluída).
A startup vencedora poderá optar pelo prêmio de R$ 38 mil ou aproveitar uma semana de imersão em inovação e mentoração para o projeto no Centro de Pesquisas da GE, em Nova York, com passagem e hospedagem pagas pela empresa (máximo de três pessoas). "Nossa meta é conectar softwares a pessoas, serviços e tecnologia. Queremos trazer as startups para dentro de uma grande corporação e criar um novo mindset", afirma Gabriela Gomes, líder de inovação da GE Aviation.