A família Cereser adere às práticas de governança
Gazeta Mercantil - 20/12/2006
O Brasil passa por uma fase de grandes oportunidades de crescimento empresarial e a maioria das empresas familiares não tem os recursos necessários para aproveitar esse momento. Na opinião do consultor da Msci, Fernando Curado, as empresas familiares terão que buscar novos investidores e uma das maneiras de fazê-lo é abrir o capital. O superintendente da Cereser, Railson Vieira Loures, afirma que essa não é a intenção da empresa no momento. O objetivo da implantação de práticas de governança foi melhorar a gestão, criar valor e dar condições para a perpetuação da empresa, que começou plantando uva e hoje fabrica vinho. O processo de ruptura com o modelo tradicional de empresa familiar começou com uma tragédia. Os dois cabeças da família que tocavam a empresa, os irmãos Pedro e Xisto Cereser, morreram num espaço de um ano. Isso fez com que o número de pessoas com direitos na empresa aumentasse significativamente, de uma hora para outra, pondo em risco todo o negócio. Teve início então uma busca de alternativas para viabilizar a empresa e as práticas de governança ofereceram a solução. Foi implantado então um conselho societário e criado um comitê de gestão. Agora, a companhia continua aperfeiçoando suas práticas. Está em estudo a contratação de conselheiros independentes para seu Conselho, uma das mais importantes práticas de governança na área de administração. A linha de produtos da Cereser é voltada para a classe C e D. Com sede em Jundiaí (SP), a Cereser tem um portfólio de produtos que cobre as linhas de vinhos, espumantes, destilados, aperitivos e sucos de frutas.