07/06/10 11h04

5àSec amplia operações na América do Sul

Valor Econômico

Na última sexta-feira, enquanto conversava ao telefone com o comando da rede de franquia de lavanderias 5àSec, com sede em Paris, na França, o empresário Nelcindo Nascimento acabou tratando de um assunto acompanhado, passo a passo, pela matriz. Nascimento, presidente das operações da rede no Brasil, comentou detalhes a respeito do projeto de expansão da companhia na América do Sul. Após um ano e meio de análises de mercado, a 5àSec decidiu abrir unidades em outros seis países da região, e a estratégia de crescimento será coordenada pelo comando no Brasil.

O plano inicial é abrir 45 pontos nos próximos cinco anos nos países escolhidos - Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai. Apenas na Colômbia, a previsão é de abertura de 20 pontos. No Peru, serão de 12 a 15 lojas e o restante, nos outros países. A Argentina, com 140 unidades, é o segundo maior mercado da companhia na região - perde para o Brasil com 300 pontos. O Chile possui 70 unidades. "Planejamos abrir os primeiros pontos nesses países no início de 2011. No segundo semestre vamos começar a conversar com investidores interessados", afirma Nascimento, masterfranqueado da 5à Sec no Brasil, responsável por trazer a marca ao país em 1994. O investimento inicial por loja no país varia de R$ 300 mil a R$ 450 mil (US$ 166,7 mil a US$ 250 mil).

Paralelo a esse projeto, Nascimento ainda confessa a sua outra ambição. Ele pretende tornar a operação brasileira a maior do mundo em faturamento em 2010, entre os 22 países onde a companhia opera. Esse assunto tem vindo à tona nas reuniões mensais que Nascimento participa com o comando, em Paris. "Vamos dizer que eles manifestam certa inquietação quando falamos disso", brinca. "Acho que não gostam muito (de perder a liderança)", sorri, discretamente.

Em 2009, a operação local perdeu para a matriz por uma diferença de cerca de € 15 milhões. "As vendas em alta e o câmbio favorável devem engordar os resultados deste ano". Com R$ 146 milhões (US$ 74,1 milhões) de faturamento no Brasil em 2009, a rede deve crescer 28% no país neste ano (a alta foi de 22% em 2009), frente a uma taxa de 2% a 3% prevista para os negócios na França. Nosso modelo no Brasil já está sendo copiado pelas operações na Europa", diz Nascimento.