13º salário deve movimentar mais R$ 735 milhões em Ribeirão, diz pesquisa
Em Ribeirão Preto, de acordo com a Acirp, houve um crescimento de 16% na injeção total de recursos do 13º salário em relação ao ano passado
A Cidade ON Ribeirão PretoO 13º salário deve injetar mais de R$ 735 milhões na economia de Ribeirão Preto em 2024. Deste montante, aproximadamente R$ 519,8 milhões deverão ser destinados ao consumo, segundo a Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto).
O pagamento do benefício é dividido em duas parcelas, sendo que a primeira deve ser paga até o dia 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro.
O montante bruto é estimado em R$ 735.047.969,18, o que corresponde a R$ 646.842.212,88 após a dedução da alíquota de 12% do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Conforme o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), Ribeirão Preto tem 247.416 trabalhadores ativos aptos a receber o benefício.
Setor com mais beneficiários
De acordo com o levantamento realizado pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB), da Acirp, o setor de comércio e serviços responde por 84% do montante total a ser pago em Ribeirão Preto.
Juntos, os dois segmentos somam aproximadamente R$ 621 milhões em 13º salário, beneficiando 206.489 trabalhadores.
"Essa injeção de recursos tem um efeito multiplicador importante, especialmente em setores como o comércio e serviços que são diretamente beneficiados pelo aumento no consumo" avalia o analista do IEMB-Acirp Lucas Ribeiro.
Crescimento do mercado de trabalho
O estudo realizado ainda aponta para um crescimento de 16,03% na injeção total de recursos do 13º salário no município, em relação ao ano passado. Isso, de acordo com a Acirp, coloca 2024 como o ano de maior impacto econômico desde 2021.
O motivo do crescimento, segundo o analista da Acirp, é atribuído ao crescimento do mercado de trabalho em Ribeirão Preto.
A agropecuária e indústria registraram os maiores crescimentos percentuais no valor do 13º salário, com elevações de 64,58% e 19,4%, respectivamente, em relação ao ano anterior.
Contudo, a construção civil apresentou o aumento mais modesto, de 2,35%, influenciado pela queda no salário médio e pelo tímido crescimento no número de empregados.