24/10/16 15h37

S.Paulo exporta mais e fortalece balança

Diário do Grande ABC

O Estado de São Paulo exportou, de janeiro a setembro de 2016, US$ 34,47 bilhões, 2,3% mais do que no mesmo período em 2015, e importou US$ 38,66 bilhões, 21,9% a menos do que nos nove primeiros meses do ano anterior. A informação é da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do seu IEA (Instituto de Economia Agrícola). Com isso, o deficit da balança comercial foi de US$ 4,19 bilhões, 73% menor do que nos nove primeiros meses de 2015, quando a diferença entre as importações e exportações paulistas foi de US$ 15,81 bilhões.

Agronegócios

As exportações no agronegócio atingiram US$ 13,75 bilhões, crescimento de 17,5%, enquanto as importações do setor tiveram queda de 14,8%, somando US$ 3,34 bilhões, o que resultou em superavit de US$ 10,41 bilhões. Em comparação aos nove primeiros meses de 2015, o desempenho representou aumento de 33,8% no saldo comercial do agronegócio. As importações paulistas nos demais setores somaram US$ 35,32 bilhões e as exportações US$ 20,72 bilhões, gerando deficit comercial desse agregado de US$ 14,6 bilhões de janeiro a setembro de 2016. “O comércio exterior paulista seria muito mais deficitário não fosse o desempenho do agronegócio estadual”, segundo analisa o pesquisador José Roberto Vicente, do IEA.

Importância ressaltada

“O agronegócio paulista tem contribuído de forma muito expressiva para amenizar o deficit da balança comercial”, realça o secretário Arnaldo Jardim. “Ao mesmo tempo, o conhecimento gerado pela pesquisa possibilita aos produtores definir estratégias para que o segmento continue se desenvolvendo e seja um dos pilares da retomada econômica do Brasil.”

Quem vai bem

O levantamento mostra que o grupo dos pescados liderou o crescimento das exportações do agronegócio paulista – 490,3% em relação ao ano passado – totalizando US$ 7,91 milhões de janeiro a setembro de 2016; em seguida, estão os produtos do complexo sucroalcooleiro (US$ 5,82 bilhões, principal grupo de produtos exportados pelo agronegócio estadual) e os animais vivos (US$ 65,72 milhões), que registraram aumentos de 54,20% e 55,07% em relação aos nove primeiros meses do ano passado. Por outro lado, houve redução de 28,1% nas exportações de produtos lácteos, seguida pelos couros, produtos de couro e peleteria (-18,5%) e café (-17,7%).

Bombando

Glamour. Ostentação. As duas palavras não estão fora de moda, mesmo em meio à crise econômica. E uma mostra disso, segundo o jornal O Vale, da Rede APJ, é que o mercado de artigos de luxo tem crescido em São José dos Campos e Taubaté, com uma intensidade maior que a do restante do Brasil.

Em pauta na Assembleia

- Projeto do deputado Gil Lancaster (DEM) torna obrigatória a colocação de placas em hospitais, unidades de saúde, laboratórios e postos com nome dos médicos em exercício, chefes de enfermagem e seus horários de atendimento.

- Projeto de Igor Soares (PTN) autoriza o Poder Executivo a firmar parcerias com as administrações públicas municipais do litoral paulista para construção e implantação de caminhos de acesso para cadeirantes nas praias do Estado.

- Em discussão projeto que trata da isenção da tarifa de transporte coletivo para pessoas com deficiência física, mobilidade reduzida ou doenças incapacitantes que morem em regiões metropolitanas do Estado.

De olho nas estradas

Órgãos de trânsito de todo o País estão autorizados a retomar a aplicação de multas para motoristas que trafegarem por rodovias com o farol desligado, nas estradas em que houver sinalização clara sobre o assunto. Agora, as multas podem ser aplicadas sempre que não houver ambiguidade sobre a necessidade do farol – nas estradas em área rural e nos trechos urbanos que estiverem devidamente sinalizados, por exemplo.

Refugiados climáticos

As futuras gerações viverão com mais intensidade a escassez da água em várias partes do mundo, o que fará surgir cenário com refugiados climáticos e fugitivos do terrorismo contra o meio ambiente. A projeção é do cientista alemão Harald Welzer em seu livro A Guerra da Água (ed. Geração Editorial), que alerta para o uso desmedido de recursos naturais, o efeito das queimadas e a emissão de poluentes causadores do aquecimento global. Para amenizar os impactos deste desastre ambiental, o autor propõe uma mudança radical na cultura, que impediria de forma significativa o crescimento globalizado da tecnologia e consumo.