23/05/22 11h47

Americana: potencial de consumo é de R$ 10,3 bilhões

Previsão do poder de compra do americanense subiu 18,4% em 2022

Jornal Todo Dia

O potencial de consumo dos americanenses cresceu 18,4% este ano e até dezembro deverá alcançar a marca dos R$ 10,3 bilhões. É o que prevê o levantamento recém-lançado pelo IPC Maps (Índice de Potencial de Consumo). 

Em 2021, o consumo total das famílias americanenses foi de R$ 8,7 bilhões. Conforme a pesquisa, as cidades de Americana e Santa Bárbara d'Oeste movimentarão, juntas, R$ 16,4 bilhões. 

No ranking nacional de municípios com maior potencial de consumo, Americana subiu sete posições desde o ano passado e está no 77º lugar. Em 2021, estava na posição 84. 

No ranking estadual, a cidade saltou do 27º lugar para o 24º ao comparar este ano com 2021. Santa Bárbara continua na mesma posição do ano passado: 135º lugar no ranking nacional e 43º lugar no estadual. 

Em Americana, a classe que apresenta o maior potencial de consumo é a classe B (famílias que recebem de 10 a 20 salários-mínimos), com potencial de 47,2% dos gastos neste ano. A classe, entretanto, não é a maior em quantidade de domicílios e representa 32% das residências urbanas na cidade. 

A previsão de alta de gastos em Americana está associada às melhores condições de renda, além de avanços no mercado de trabalho, de acordo com Bruno Pissinato, professor da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), economista e mestre em economia pela Esalq/USP. Pissinato também mencionou que o panorama de consumo já era melhor no começo de 2021, mas de lá pra cá sofreu com a pressão da guerra entre Rússia e Ucrânia.

"Apesar da pequena desaceleração devido à inflação e à própria guerra, nós temos auxílios do governo, uma política monetária que pode melhorar as questões de crédito, aliados à própria demanda que se manteve reprimida durante a pandemia", disse. 

O economista ainda comentou que o potencial de consumo é intensificado por meio de programas de transferência de renda, além de políticas monetárias expansionistas, comuns em anos de eleição. 

No total, os maiores gastos previstos em Americana são com habitação (R$ 2,8 bilhões); veículo próprio (R$ 1,1 bilhão); alimentação em casa (R$ 839 milhões); materiais de construção (R$ 417 milhões); e plano de saúde (R$ 411 milhões).

A classe A (famílias que recebem acima de 20 salários mínimos) tem previsão de mais gastos com educação (R$ 71 milhões) do que com transportes urbanos (R$ 11 milhões). 

O panorama muda quando se trata das classes D e E (famílias que recebem até quatro salários mínimos) que têm estimativa de gastos de R$ 6 milhões com transportes urbanos e R$ 3 milhões com educação. 

A classe A representa 4,5% dos domicílios na cidade e tem potencial de consumo de 16,4%. As classes D e E são 13% das residências urbanas de Americana e apresentam potencial de consumo de 3,3%. 

A classe C (famílias que recebem de quatro a 10 salários mínimos), representa a maioria dos domicílios em Americana, com 50% das residências urbanas, e está em segundo lugar no ranking de maior potencial, com 33,2%. 

SANTA BÁRBARA 

Santa Bárbara d'Oeste tem previsão de movimentar R$ 6,5 bilhões em 2022. A quantia é 6,7% maior que o ano passado. Na cidade, a previsão de maiores gastos é com habitação (R$ 1,8 bilhão); veículo próprio (R$ 708 milhões); e materiais de construção (R$ 248 milhões). 

fonte: https://tododia.com.br/cidades/americana/2022-05-21-14-26-18