Jundiaí: com investimento de R$ 50 mi, Centro vai ser revitalizado
MÉDIO PRAZO São 31 ações e o projeto deve levar de 5 a 6 anos, com nova iluminação de led, paisagismo, arborização e recuperação de praças
Jornal de JundiaíA Prefeitura de Jundiaí apresentou na tarde desta quinta-feira, no Paço Municipal, amplo projeto de revitalização do Centro, passando por um novo calçadão entre a Sala Glória Rocha e a Escola Estadual Conde do Parnaíba, na rua Barão de Jundiaí, com fiação subterrânea, iluminação de led em toda a região, reforma das praças e ainda um estudo para valorização do pedestre e arborização.
O valor estimado é de R$ 50 milhões e o tempo previsto para conclusão é de cinco a seis anos. O projeto ainda contempla ações desde a região do Cemitério Municipal Nossa Senhora do Desterro e do velório Adamastor Fernandes até a região do Escadão (Esplanada Monte Castelo), ao lado da Câmara Municipal e Teatro Polytheama.
A apresentação do projeto contou com a presença de comerciantes e moradores do Centro, além de representantes do poder público, da Câmara Municipal e da Catedral Nossa Senhora do Desterro.
O Gestor de Governo e Finanças, José Antonio Parimoschi, destacou a importância de recuperar uma área tão relevante de Jundiaí. "Ao todo são 31 ações, com um investimento de cerca de R$ 50 milhões e um prazo em torno de cinco a seis anos, mas algo que vai mudar a história da cidade, porque o nosso Centro clama por isso há muito tempo."
O arquiteto municipal Bruno Ferrari explicou as ações em várias praças, como a Praça das Rosas, Dom Pedro II, do Mosteiro São Bento, do Fórum, da Matriz e Rui Barbosa. A Praça da Matriz, por exemplo, deverá resgatar o projeto original, não mais com uma fonte, mas com jatos de água brotando do chão, onde hoje ficam as famosas Caravelas.
Reclamações
Os comerciantes aproveitaram a oportunidade para deixar claro que o Centro precisa, antes de qualquer coisa, de mais segurança, especialmente com a questão dos moradores em situação de rua.
O assunto acabou provocando amplo debate, com questionamentos sobre o local de funcionamento do Bom Prado e também dos trabalhos assistenciais oferecidos, especialmente por igrejas. "Temos de entender que esse é um problema nacional. A solução não será num passe de mágica. Quem está na rua é, antes de tudo, uma pessoa e está ali porque está doente. O viciado, seja no que for, é um doente e precisa deste olhar. O poder público tem essa compreensão do problema", disse Parimoschi.
A Gestora de Assistência e Desenvolvimento Social, Maria Brant, lembrou ainda que o morador em situação de rua acabou encontrando em Jundiaí um lugar aconchegante. "Quem pede no semáforo chega a conseguir R$ 250 ao dia, o que muito trabalhador não ganha em um dia de trabalho. Além disso, tem mais de uma opção de refeição à noite, gratuita, oferecida por grupos assistenciais. Ele não precisa e nem quer procurar os serviços oficiais de atendimento do município e muito menos voltar à cidade ou o local onde vivia."
Ficaram definidos então alguns pontos a partir do encontro: reunião com entidades (que já tem acontecido) para tentar resolver a questão da alimentação de moradores de rua; intensificar a ronda da GM no Centro e ampliar diálogo com a Polícia Militar; rever o horário de funcionamento do Centro para ocupação à noite; iluminação de LED em toda a cidade (47 mil pontos de iluminação), começando pelo Centro.
Uma comissão foi formada com representantes do comércio, com presidente da Câmara Faouaz Taha, representantes do Legislativo e os gestores do Executivo.
No encontro de ontem, participaram, além do presidente da Câmara, a Gestora de Assistência e Desenvolvimento Social, Maria Brant; o Gestor de Governo e Finanças, José Antonio Parimoschi; o Gestor de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, Sinésio Scarabello Filho; o Gestor de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Cristiano Lopes; o Gestor de Infraestrutura e Serviços Públicos, Adilson Rosa; o Gestor de Mobilidade e Transporte, Aloysio Queiroz; o Comandante da Guarda Municipal de Jundiaí, Benedito Marcos Moreno; o Gestor de Cultura, Marcelo Peroni, e o diretor do Departamento de Fomento ao Comércio e Serviços, Enrico Milamonti.