28/09/17 14h31

Grupo vai agilizar instalação de empresas em Sorocaba

Jornal Cruzeiro do Sul

Em reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento de Sorocaba, realizada ontem de manhã na Universidade do Trabalhador Empreendedor e Negócios (Uniten), o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Robson Coivo, anunciou a criação de um grupo de análise a fim de agilizar os trâmites para empresas que tenham interesse em se instalar em Sorocaba.

De acordo com Coivo, a média em Sorocaba é de 100 dias de espera para que uma microempresa consiga concretizar sua instalação na cidade. A meta, com o grupo de análise, é reduzir esse prazo para sete dias. Segundo ele, as pastas de Saúde, Fazenda, Meio Ambiente, Negócios Jurídicos e Planejamento e Projetos devem unir forças com a Urbes, CPFL e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para acelerar os trabalhos relacionados a emissão de laudos e outros documentos.

Aos membros do Conselho Municipal de Desenvolvimento presentes na reunião, que tem papel consultivo, Coivo destacou que a ideia de criar um grupo de análise é baseada em experiências de outros municípios, como Campinas e Jundiaí.

Segundo o secretário, a proposta é que cada pasta e órgão envolvidos no processo de instalações de empresas conte com um representante designado para essa função. "Vamos trabalhar com a meta de sete a dez dias para a conclusão da autorização, mas claro que se for necessário um prazo maior, ele será dado", afirma.

Coivo destaca que por muitos anos Sorocaba se manteve em vantagem no que diz respeito a atratividade, mas nos últimos anos os municípios vizinhos, como Porto Feliz, Itu e Votorantim têm se aprimorado e conseguido atrair muitos empreendimentos novos.

O diretor regional do Ciesp, Erly Domingues de Syllos, participou da reunião do conselho e, segundo ele, há uma burocracia muito grande na documentação para viabilizar a abertura de novas empresas. "No Brasil, demora-se, em média 108 dias para que uma micro ou pequena empresa comece a funcionar, mas o ideal seria dez dias", afirma. Ele destaca, porém, que essa morosidade é por conta de barreiras federais e que o município não possui tantos recursos para conseguir mudar o procedimento.