30/08/22 11h56

Grande ABC: região começa semestre com 4.791 novos empregos formais

Saldo positivo do último mês representa aumento de 50,28% em relação a junho; setor industrial se destacou ao criar 1.766 vagas

Diário do Grande ABC

O saldo (total entre admissões e demissões) de empregos formais gerado em julho foi de 4.791 vagas no Grande ABC. São Bernardo se destacou, com 1.444 postos. Em seguida, ficaram São Caetano (1.321), Santo André (1.217), Mauá (388), Diadema (227), Ribeirão Pires (189) e Rio Grande da Serra (cinco). 

O número indica alta de 50,28% na comparação com junho, que registrou 3.188 postos, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Ao todo, nos seis primeiros meses do ano, a região acumulou saldo de 16.304 cargos. 

Já em relação ao mesmo período do ano passado, o resultado de julho de 2022 teve aumento de 154,84%. 

Ricardo Balistiero, doutor e professor de economia do curso de administração do IMT (Instituto Mauá de Tecnologia), explica que a distribuição de benefícios como BEm-Caminhoneiro e BEm-Taxista, ambos com parcelas de R$ 1.000 até dezembro, e o Auxílio Brasil “turbinado” de R$ 600 agitam a economia nacional a curto prazo, ecoando na geração de empregos. “Sabemos que essa situação vai contratar uma crise fiscal em 2023, com redução de PIB e manutenção do aumento da Selic (taxa básica de juros da economia). Apesar disso, no momento, dará um alívio materializado na injeção de dinheiro e na deflação que vimos em julho e se repetirá em agosto, significando um respiro passageiro para algumas empresas. ” 

SETORES 

Indústria foi o setor que liderou a criação de empregos em julho, representando 36,86% do saldo total no Grande ABC. Depois, ficaram construção (32,41%), serviços (16,57%) e comércio (14,08%). Agropecuária registrou cargos apenas em Mauá (dois) e São Bernardo (um).</CW> 

“Iniciativas do poder público, como feirões de emprego, motivam a recolocação das pessoas no mercado de trabalho”, diz o professor. 

INFORMALIDADE 

O Caged registra apenas o número de empregos formais no Brasil. Por outro lado, de acordo com Balistiero, o 2º semestre será marcado pelo aumento de vagas informais. “Empregos não registrados e com salários mais baixos são cada vez mais comuns. O período eleitoral é fértil nesta questão porque as contratações ocorrem tanto para aquelas pessoas que distribuem panfletos quanto para assessores e responsáveis por campanhas em rádio e televisão. É uma cadeia produtiva que certamente será capturada pela PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) dos próximos meses.” 

fonte: https://www.dgabc.com.br/Noticia/3882507/regiao-comeca-semestre-com-4-791-novos-empregos-formais