22/05/17 12h02

ADM conclui construção de novo armazém

Empresa pretende aumentar em 50% a capacidade de exportação de grãos da unidade

A Tribuna

A operadora ADM do Brasil concluiu a reconstrução de seu armazém no Porto de Santos, parte do plano de investimento que promete modernizar suas instalações e aumentar em 50% a capacidade de exportação de grãos da unidade. Agora, o próximo passo do terminal é concluir a montagem de um novo shiploader, prevista para janeiro do próximo ano. O equipamento já está no cais santista.

O projeto prevê um investimento de R$ 280 milhões. Com esse aporte, a ADM aumentará a capacidade de exportação dos grãos de sua unidade portuária dos atuais 6 milhões para 8 milhões de toneladas por ano. Todo o plano tem como objetivo garantir a renovação do contrato de arrendamento do terminal da empresa que, agora, valerá até 2037.

O empreendimento engloba a demolição do armazém e a construção de um novo, com maior capacidade, além da implantação de uma nova linha de embarque de grãos e a substituição dos transportadores de carga atuais por novos, totalmente enclausurados. Novos sistemas de despoeiramento e a aquisição de dois novos shiploaders para carregamento dos navios também são previstos.

Os investimentos na construção do novo armazém foram capazes de ampliar a capacidade total do terminal de 172 mil toneladas estáticas para 194 mil toneladas. Para garantir a segurança das operações, a ADM também precisou ampliar seu quadro de funcionários. Antes, 210 pessoas atuavam na unidade. Agora, são 210 trabalhadores.

“O imóvel ficou 100% lacrado. Não possui lanternim nos armazéns, conta com portas automáticas, um avançado supressor de pó e um moderno sistema de combate a incêndio. Todas as correias são enclausuradas e evitam dispersão de particulado. Também instalamos lamelas inteligentes que abrem e fecham conforme o peso do produto descarregado, mantendo sempre o grão e o pó na parte subterrânea, que conta com aspiradores potentes”, destacou o diretor de  Portos e Logística da ADM, Eduardo Carvalho Rodrigues.

Com isso, a empresa promete conter 80% da poluição decorrente das operações com grãos. Este é considerado um dos principais problemas na relação PortoCidade, principalmente para moradores da Ponta da Praia (bairro nas proximidades do terminal), já que a qualidade do ar na região é considerada ruim devido ao pó liberado nesses embarques.

Tecnologia

Os shiploaders  do novo armazém contam com sistema de queda em cascata e sensores para contato permanente com o produto, do início ao fim do embarque, evitando que se formem nuvens de particulados quando for realizado o carregamento dos grãos nos navios.

O terminal ainda contará com um novo gate (portão) e novas instalações administrativas. Também está prevista a construção de um muro verde, que ficará de frente para a Avenida Mário Covas.

“Pensamos em três pilares: excelência operacional, aumento da capacidade de armazenagem e no atendimento às necessidades ambientais”, destacou Eduardo Carvalho Rodrigues.