São Paulo se encarregará de licenciamento ambiental e projeto executivo do Ferroanel
Valor Econômico
O projeto do Ferroanel, que vai contornar a cidade de São Paulo, foi discutido ontem pelo governo federal e paulista. O governo do Estado se ofereceu para realizar o licenciamento ambiental da área e o projeto executivo do trecho norte, entre Jundiaí e Manoel Feio, que vai ser construído paralelamente ao Rodoanel. "Dessa forma, estimamos que haverá ganho de um ano no projeto", disse o secretário de Transportes de São Paulo, Saulo Abreu.
Depois de reunião com o ministro dos Transportes, Paulo Passos, e o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, Abreu lembrou que o trecho norte do Rodoanel está previsto para ter as obras iniciadas em janeiro de 2013. "Se os projetos não correrem juntos haverá dificuldades para o Ferroanel, já que haverá outra grande obra em uma região cercada pela Serra da Cantareira", afirma.
De acordo com ele, se os projetos forem executados em conjunto haverá ganho com relação à desapropriação e utilização conjunta de drenagem, aterro de entulhos e proteção de encostas. "Vai haver ganho social, econômico e ambiental", avalia. Já no caso do trecho sul do Ferroanel, entre Evangelista de Souza e Ouro Fino, há menos restrições para o contorno ferroviário. "Lá o Rodoanel já está pronto e não há área natural delimitando o projeto", diz o secretário.
Saulo Abreu afirmou que a intenção é que a empresa que vencer a licitação para construir o Ferroanel já receba os projetos executivos e a licença ambiental. "Ela já poderá começar a obra. Isso é importante pelo prazo de 2015 que a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) deu para interromper a passagem de trens de cargas em suas linhas", diz. Hoje os trens de cargas utilizam os mesmos trilhos da CPTM, responsável pelo transportes de passageiros em São Paulo.
Já o ministro dos Transportes, Paulo Passos, confirmou a previsão de início da execução do Ferroanel para julho de 2013. Assim como o contorno ferroviário, o primeiro grupo de ferrovias que serão concedidas, composto por 2,6 mil quilômetros, deve ter os contratos assinados em julho de 2013. "Os prazos são apertados, mas nós trabalhando nessa direção", disse.