Moinho no avião
Folha de S.PauloUma movimentação atípica aconteceu no setor eólico: uma empresa de São Paulo exportou peças para a China, um dos países com a indústria de energias renováveis mais desenvolvida.
A Rudloff, que fornece materiais para a construção pesada, enviou 40 mil componentes dos moinhos.
O objeto é a protensão, que dá resistência ao concreto para a construção de torres e as protege da vibração das pás dos cata-ventos.
A peça é usada na construção de pontes, e foi adaptada para uso em usinas eólicas -setor que a empresa começou a atuar neste ano.
O componente havia sido utilizado em um parque no Brasil, cujo projetista foi contratado pelos chineses.
No país oriental não acharam fornecedor. Havia empresas europeias, mas com preços altos, diz Thomas Toutin, diretor de negócios da Rudloff.
"As peças foram de avião, tamanha a urgência. Pagaram quase o mesmo valor do equipamento só pelo transporte, foram mais de cem toneladas", afirma ele.