Licenciamentos do Inova Unicamp vão gerar R$ 1,4 milhão em royalties
Valor EconômicoA Agência de Inovação da Universidade Estadual de Campinas (Inova Unicamp) comemora os resultados obtidos no esforço de interlocução entre a academia e o meio empresarial. Ao longo de seus 15 anos de existência, consolidou um ecossistema de empresas de base tecnológica ligadas à universidade e criou um ambiente de estímulo ao desenvolvimento de parcerias, que geraram muitas patentes, contratos de licenciamento e royalties.
Atualmente, a universidade contabiliza 1.221 patentes depositadas. No ano passado, foram 80 patentes no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) e no exterior, e obteve a concessão de outras 60 que foram depositadas em anos anteriores. Ao todo, são 153 patentes licenciadas para empresas.
Já os contratos de licenciamento firmados em 2017 somam uma centena, abrangendo autorização de uso e exploração comercial de tecnologias desenvolvidas no meio acadêmico, que vão gerar R$ 1,4 milhão em royalties. A universidade também desenvolve cooperação com a indústria em projetos de pesquisa e desenvolvimento. No exercício passado, foram fechados 49 convênios desse tipo, totalizando R$ 64,1 milhões de investimento em pesquisa.
Do ecossistema criado com o apoio da Inova Unicamp participam atualmente um grupo de 485 empresas-filhas, como são chamadas, abrangendo dez empresas de grande porte, 13 nascentes (startups) e 18 incubadas, além das chamadas spin-offs - que surgiram dentro do campus, por iniciativa de alunos, professores e funcionários, e posteriormente se separaram da universidade.
Abrigadas no Parque Científico e Tecnológico, essas empresas geram cerca de 30 mil empregos diretos e movimentam em torno de R$ 3 bilhões em negócios. "Esse volume representa quase uma vez e meia o orçamento da Unicamp", comenta Newton Frateschi, diretor-executivo da Inova Unicamp.
Além da gigante IBM, fazem parte desse ambiente empresas já consolidadas, como a Padtec, fornecedora de equipamentos ópticos, a CI&T, especializada em soluções digitais, e a Movile, marketplace móvel que já tem presença nos EUA, França, México e países da América do Sul. Entre as novatas, Frateshi destaca a Griaule, com biometria utilizada por bancos, e a Rubian Xtract, de tecnologia para extrair óleo de urucum.