09/10/18 11h22

Comércio e serviços devem gerar 59 mil vagas até fim de ano, projeta CNDL

Número é levemente superior aos 51 mil novos postos que foram previstos para o mesmo período do ano passado; 43% dos que vão contratar pretendem empregar temporários.

G1

Pesquisa divulgada nesta terça-feira (9) pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) estima que até o final do ano serão abertas 59,2 mil vagas de trabalho nos segmentos do comércio e serviços. O número é levemente superior aos 51 mil novos postos que foram previstos para o mesmo período do ano passado.

Segundo o levantamento, considerando quem contratou ou pretende contratar funcionários neste ano, a remuneração média deve ser de aproximadamente R$ 1.421,56. As funções mais procuradas devem ser as de vendedores (28%), ajudantes (21%), balconistas (11%), recepcionistas (4%), cabeleireiros (4%), estoquistas (4%) e caixas (4%).

Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, embora o número de 59,2 mil vagas seja uma pequena fração diante dos cerca de 13 milhões de desempregados no país, os dados injetam algum otimismo para o início do novo ano.

“Para um país que há pouco tempo fechava postos de trabalho, esse número serve de alento e de oportunidade para muitas pessoas. Quem procura há meses uma recolocação no mercado de trabalho pode encontrar nas vagas de fim de ano a chance para começar a colocar a vida financeira em ordem”, afirma.

Dentre os empresários que já contrataram ou que irão contratar neste fim de ano, 43% disseram que empregarão temporários; 33% abrirão vagas formais e 29% informais. Há ainda 16% que afirmaram que a contratação será terceirizada.

26% PRETENDEM CONTRATAR INTERMITENTES

A pesquisa mostra também que 26% dos empresários que pretendem contratar devem empregar funcionários por meio do regime de trabalho intermitente, aquele que adota o regime de hora móvel em vez de hora fixa e que passou a vigorar com a nova legislação trabalhista.

A pesquisa ouviu 1.168 empresários de todos os portes que atuam no comércio e ramo de serviços nas 27 capitais, entre os dias 27 de agosto a 10 de setembro de 2018. A margem de erro é de 3 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.