28/04/14 16h56

Tivit investirá R$135 mi em 2014 e mira computação de nuvem

Terra

A empresa brasileira de serviços de tecnologia da informação Tivit pretende investir 135 milhões de reais este ano na ampliação de sua capacidade, incluindo serviços de computação em nuvem, cuja demanda é a que mais cresce entre seus clientes, disse à Reuters André Frederico, diretor de desenvolvimento corporativo da empresa.

Criada há 15 anos, a Tivit pretende atingir receitas de 1,9 bilhão de reais em 2014, com o crescimento de 15 por cento na comparação com o ano passado, mesma taxa de avanço anual que vem registrando desde 2009.

Do total de 135 milhões de reais a serem investidos, 35 milhões de reais já foram aplicados nos primeiros meses do ano na ampliação de capacidade de processamento dos três centros de processamento de dados que a companhia tem no Brasil -- dois em São Paulo e um no Rio de Janeiro. No ano passado, a empresa investiu 100 milhões de reais.

"Um investimento que fizemos no ano passado e vamos continuar este ano é na computação em nuvem. Para ampliar a plataforma que temos e continuar crescendo nesse segmento", disse o executivo. Criado há cinco anos, o serviço de nuvem responde por 10 por cento do faturamento.

A computação em nuvem é o uso de memória e poder de processamento de computadores e servidores compartilhados e interligados por meio da Internet. O uso dessa tecnologia tem se intensificado nos últimos anos, mas ainda se trata de um mercado pequeno no Brasil.

"A demanda maior vem de clientes que precisam de flexibilidade para ampliar a capacidade de processamento em períodos de maior demanda ao longo do ano", disse Frederico, citando como exemplo o comércio varejista, que precisa ampliar a capacidade de seus sistemas em datas como Natal e Dia das Mães.

A Tivit tem uma base de 3 mil clientes, 300 deles entre as maiores empresas do país. Segundo o executivo, a ampliação da receita se dará dentro da própria base de clientes, com a venda de mais serviços para as companhias que já adotam alguma solução da Tivit.

A empresa, que chegou a ter ações negociadas em bolsa três anos atrás, por enquanto não pretende voltar a ter capital aberto, mas "sempre existe a possibilidade", disse Frederico.

"Temos um fundo de investimento como principal acionista (o fundo de private equity Apax), e fomos o primeiro investimento que eles fizeram na América Latina", em 2010, lembrou o executivo.

Frederico descarta necessidade de novas capitalizações. "Nosso crescimento vem do caixa, o que permite crescimento orgânico e aquisição de empresas", disse. A Tivit adquiriu este mês o Grupo Work Image (WI), especializado em digitalização de documentos.