05/07/17 14h42

Setor de energia impulsiona balança comercial de Jundiaí

Jornal de Jundiaí

Segundo anúncio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a balança comercial de junho obteve o melhor resultado para o mês desde 1989, fechando o segundo trimestre com saldo positivo de US$ 21,821 bilhões e superávit de US$ 7,195 bilhões. Com um parque industrial importante para a Região e, consequentemente para o Estado, a contribuição de Jundiaí para o aumento tanto das exportações quanto das importações é evidente, segundo o diretor do Comércio Exterior do Ciesp Jundiaí (Comex), Márcio Ribeiro.

Ele informa que os números do mês não foram fechados na cidade, mas adianta que os setores de energia (com a exportação de geradores) e parque tecnológico (com a importação de peças) têm sido os destaques da cidade. O recorde da safra de soja também contribui para o cenário nacional, além do petróleo e o minério de ferro. “O investimento estrangeiro está em alta também, portanto podemos olhar para o segundo semestre com um pouco mais de otimismo. Claro que o ambiente político ainda vai dirigir as ações nesse segundo semestre, com um cenário instável, porém as exportadores podem se beneficiar de um mercado internacional um pouco mais aquecido e otimista, apesar das tensões internacionais relacionadas ao terrorismo”, adianta Ribeiro.

Ele lembra que os indicadores de emprego estão mais atrelados hoje à estabilidade política do que à economia, uma vez que são influenciados pela disposição dos empresários em enfrentar o risco, mas é possível entender que à medida que a economia se estabilize a alta nos empregos será inevitável. “Contamos com a estabilidade a longo prazo para conseguirmos uma retomada geral da economia. Nossa Região é muito heterogênea e extremamente forte economicamente. Pela diversidade será certamente uma das primeiras a reagir em um cenário de retomada.”

Bons números - Ainda de acordo com os números, o saldo comercial positivo nos seis primeiros meses deste ano foi puxado por uma alta de 19,3% nas exportações, que fecharam o mês em US$ 107,7 bilhões. Por outro lado as importações subiram menos e fecharam o semestre em US$ 71,5 bilhões, alta de 7,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O perfil da balança mostra que essa alta das exportações é resultado, principalmente, de um aumento nos preços dos produtos brasileiros no exterior, medidos em dólar. No primeiro semestre, o valor exportado subiu 17,6%, em média, enquanto o volume exportado aumentou 1,8%. Diante do resultado recorde do saldo comercial, o governo aumentou a previsão de superávit da balança para este ano. Agora a expectativa é de um saldo positivo de US$ 60 bilhões, diante da previsão inicial de US$ 55 bilhões. Se esse valor se confirmar, será o maior superávit da história do País, superando os números registrados no ano passado (US$ 47,5 bilhões).