11/10/17 12h06

Rio Preto está entre as 20 melhores cidades do País para fazer negócios

Rio Preto ganha sete posições no ranking que mede os melhores municípios para se fazer negócio; cidade ocupa a 20ª posição

Diário da Região

Rio Preto avançou sete posições no ranking que mede as melhores cidades para fazer negócios no Brasil. Em 2017, o município ocupa a 20ª posição, contra a 27ª no ano passado, de acordo com o estudo realizado pela empresa de inteligência de mercado Urban Systems, que abrange cidades brasileiras com mais de cem mil habitantes e considera dados mais recentes disponíveis de vários indicadores, no período de 2010 a 2017.

O estudo considera 28 áreas dentro de parâmetros como desenvolvimento econômico, desenvolvimento social, capital humano e infraestrutura. Dos quatro itens analisados, Rio Preto conseguiu melhorar seu desempenho em dois, de um ano para outro. O estudo considera uma pontuação máxima de 27 pontos, mas nenhum município atingiu esse índice. Com a 20ª colocação, Rio Preto obteve 10.962 pontos.

Enquanto em 2016 Rio Preto estava fora das cem maiores cidades em desenvolvimento econômico, neste ano ocupa a 31ª colocação. Em capital humano, saltou da 74ª posição para a 36ª. Entretanto, piorou sua participação em desenvolvimento social, passando da 42ª posição em 2016 para a 50ª em 2017 e da 17ª posição em infraestrutura, no ano passado, para a 26ª posição neste ano.

Para o economista Hipólito Martins Filho, ao se considerar o universo nacional, superior a 5 mil municípios, ter Rio Preto na 20ª colocação, junto de capitais, é uma conquista bastante relevante.

“A renda per capita acima da média nacional, a mão de obra qualificada e o fato de ser uma cidade polo regional são fatores que facilitam a geração de negócios em Rio Preto”, diz, além do seu perfil econômico, calcado na prestação de serviços, que acaba gerando um retorno mais rápido na concretização do que se fosse um município com o perfil mais industrial.

Segundo o economista Bruno Sbrogio, a melhora é substancial e o fenômeno de interiorização dos investimentos, fugindo dos maiores custos da capital e da concorrência, já vem se tornando realidade. “Rio Preto surge nesse momento em que a situação econômica é complicada em um processo de retomada, mas a agroindústria vai muito bem nesse processo, ajudando nossa região com maiores fluxos financeiros”, afirma. Além disso, Rio Preto é uma cidade com uma boa infraestrutura para estimular o processo de recuperação.

 

Mapeamento

O estudo faz um mapeamento dos indicadores da cidade a partir de entidades oficiais como IBGE, Ministério do Trabalho, Bacen e outros. No setor sociodemográfico, Rio Preto obteve crescimento populacional de 1,5%, registra 73% de sua população como economicamente ativa e tem 3,2% dos chefes de família da classe A.

No aspecto econômico é avaliada uma série de itens. O destaque é o PIB per capita, de R$ 36 mil, assim como a renda média dos trabalhadores, de R$ 2.235,81. A diversidade econômica é considerada alta e houve crescimento de 10% no PIB. Por outro lado, o crescimento empresarial caiu 0,9% e o de empregos formais, 2,2% no período.

Segundo o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto (Acirp), Paulo Sader, esse avanço no indicador é um excelente resultado, que ele espera se reflita na atração de mais empresas para novos negócios na cidade. “Rio Preto avança porque tem uma posição geográfica privilegiada, infraestrutura viável que conecta a cidade, economia diversificada, pessoas qualificadas, nível de renda elevado. Todos esses fatores compõem um cenário ideal para o investidor colocar seu dinheiro aqui”, disse.

No quesito saúde, a cidade registra 4,31 leitos por mil habitantes e, em educação, 19,7% dos trabalhadores formais têm ensino superior. O segmento de transporte considera o crescimento de 2% na frota de veículos, 87 destinos partindo do aeroporto de Rio Preto e 97 linhas rodoviárias.

Quando a abordagem é sobre a infraestrutura da cidade, observa-se que 17,5% das conexões de banda larga fixa são acima de 34 Mbps e o índice de perdas na distribuição de água chega a 34,1%, segundo o estudo da Urban Systems.

 

São Paulo volta à liderança

A liderança do ranking, neste ano, ficou com o município de São Paulo. Em 2016, a cidade estava na 3ª posição. Entre as 20 melhores cidades, dez são capitais. Depois de São Paulo, aparece Vitória, que no ano passado estava na 5ª colocação e agora está na vice-liderança.

A região de Rio Preto registra a participação de outros dois municípios. Barretos ocupa a 60ª posição neste ano, ainda está no ranking, mas com desempenho bem inferior ao do ano passado, quando esteve na 39ª colocação. Catanduva entra para o ranking este ano, em 91º lugar, já que no ano passado não esteve listada entre as cem melhores cidades do estudo.