28/12/06 15h18

Para 2007, a previsão é de que estréias vão continuar

Valor Econômico - 28/12/2006

Em 2007, a expectativa é de que o ritmo de estréias em bolsa continue acelerado. No setor de construção, outras empresas devem ir ao mercado, como Tecnisa, Camargo Corrêa, PDG Realty e Even, que estão na fila de espera. O movimento tem feito a Bovespa considerar a criação de um índice específico para o setor. Usinas como a São Martinho e a Tavares de Melo estão entre as que pavimentam seu caminho para a bolsa. O segmento de logística também pode ter boas perspectivas com todas as necessidades urgentes que o país vem demonstrando nessa seara. Neste ano, a Santos Brasil chegou à Bovespa e especula-se que a próxima a desembarcar seja a MRS. Para as estreantes em bolsa não basta estar no pregão. Elas querem ir ao Novo Mercado, nível mais alto de governança corporativa da Bovespa. Nele, existem apenas ações com direito a voto, os balanços são elaborados tanto pelos princípios brasileiros como pelos estrangeiros e exige-se a presença de conselheiros de administração independentes.  Esse universo das companhias com as melhores práticas de mercado ainda é pequeno. De mais de 300 companhias listadas em bolsa, apenas 44 estão no Novo Mercado. Mas nos últimos três anos - período do renascimento do mercado acionário brasileiro - só aquelas empresas que por lei precisavam ter o controle definido estrearam no nível 2 de governança corporativa.  O Novo Mercado também deve possibilitar à Paranapanema fazer uma oferta de papéis para se reestruturar financeiramente.