31/10/17 13h26

MCTIC e BNDES podem criar fundo garantidor de crédito para pequenos provedores

Agência ABPTI

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estudam o lançamento de um programa de fundo garantidor de financiamento para pequenos provedores de internet do país. O objetivo é facilitar o acesso ao crédito aos empreendedores do setor e ampliar a infraestrutura do setor, promovendo a expansão do acesso à internet em todo o Brasil. O assunto foi discutido nesta quinta-feira (26) entre o ministro Gilberto Kassab, o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, e o presidente da Telebras, Maximiliano Martinhão.

Segundo Martinhão, falta uma política de governo para apoiar os pequenos provedores, que são importantes para levar internet para o interior do Brasil. “O que estamos desenhando é exatamente isso: utilizar as agências do governo federal, como Finep e BNDES, para criar um programa que permita a esses empreendedores ter acesso ao crédito, para que possam crescer e melhorar os serviços nas pequenas cidades. É uma política alinhada com uma estratégia do ministério e do BNDES, que envolve inovação, empreendedorismo e inclusão”, afirmou.

De acordo com o chefe de Departamento das Indústrias de Tecnologia da Informação e Comunicação do BNDES, Ricardo Riviera, atualmente, há cerca de 5 mil pequenos provedores distribuídos pelo interior do país. “Queremos ajudar a estruturar um fundo garantidor e fundos de investimento direto. A grande barreira que temos que ultrapassar é a oferta de garantias aos financiadores”, explicou Riviera.

Desde março de 2014, o BNDES enquadra o financiamento de cabos e fibra óptica como equipamentos. Com isso, o volume de operações indiretas que envolvem o Cartão BNDES chegou a R$ 100 milhões, por ano, em 2015 e 2016.

Para o presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), Basílio Perez, a construção de um fundo garantidor para os pequenos provedores é fundamental para a expansão da banda larga no país. Segundo ele, os estudos devem ser concluídos em um mês. “Se tudo der certo, os provedores vão começar a ter disponibilidade desse fundo para garantir os financiamentos. Isso vai ampliar a banda larga pelo país e melhorar o acesso para todos.”