16/10/17 14h55

Frota mais velha impulsiona setor de autopeças

Folha de S.Paulo

O envelhecimento da frota brasileira poderá levar a um crescimento anual de 6% a 7% do lucro do setor de autopeças pelos próximos três anos, segundo a A.T. Kearney.

"A maior idade dos veículos em circulação vai aumentar a demanda das empresas que fornecem para o consumidor final", diz Sergio Eminente, da consultoria.

"Em contrapartida, com as mudanças tecnológicas dos novos carros, elas precisarão se reestruturar."

Além da necessidade de atualizar o portfólio, há uma tendência de empresas menores serem adquiridas, afirma.

A frota brasileira tem, em média, 13,5 anos, segundo a A.T. Kearney. A estimativa dos fabricantes de autopeças, que consideram apenas automóveis, é de 9,3 anos.

Na Dayco, cerca de 70% da receita no Brasil vem da fabricação de partes de reposição e 30% das vendas para montadoras, afirma Silvio Alencar, diretor da multinacional para a América do Sul.

O mercado independente crescerá a um ritmo superior ao de equipamentos originais, mas os novos aportes anunciados recentemente por montadoras, que somam R$ 15 bilhões até 2022, vão impulsionar o setor, afirma.

"O mercado de reparos receberá em 2018 e 2019 os veículos fabricados entre 2013 e 2014, anos em que houve ampla produção de novos modelos, diz Antonio Fiola, do Sindirepa-SP (sindicato do setor).

"A projeção é que esse setor cresça 10%, mas isso depende também do crescimento econômico do país."