01/07/16 10h53

Exportação para sair da crise

Investe São Paulo e outras instituições de apoio à exportação apresentaram soluções para empresas em workshop realizado no IPT

Investe São Paulo com informações do IPT
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Segundo Ricardo Santana, gerente de Exportações da Investe SP, o Brasil tem cerca de 20 mil exportadores, sendo que quase 50% estão concentrados em São Paulo

Em momentos de crise, a exportação emerge como uma das possíveis saídas para garantir a sobrevivência das empresas e acelerar a economia. O Estado de São Paulo tem destinado esforços frequentes para apoiar suas organizações, sobretudo as micro, pequenas e médias empresas, nesse impulso exportador. O workshop “Casos de sucesso na exportação: desafios e soluções”, realizado em 30 de junho no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e que contou com a participação da Investe São Paulo, integra essa ação coordenada para ampliar as vendas internacionais das empresas paulistas e brasileiras. 

O evento reuniu empresários que relataram casos de sucesso e, além da Investe SP, as seguintes instituições que oferecem programas de apoio às empresas e puderam apresentar suas linhas de atuação: Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) e o IPT, que, por intermédio do Programa da Apoio Tecnológico à Exportação (Progex), trabalha na adequação técnica de produtos e processos para que seus clientes possam atender as exigências do mercado externo. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI) foi representada pelo chefe de Gabinete, Maurício Juvenal. 

De acordo com Ricardo Santana, gerente de Exportações da Investe SP, o Brasil tem cerca de 20 mil exportadores, sendo que quase 50% estão concentrados no Estado de São Paulo. No entanto, mais de 75% do valor exportado pelo país está nas mãos de apenas 244 empresas. Para dar uma resposta a este cenário e fortalecer as exportações, a Agência criou o SP Export, programa que atua tanto na capacitação das empresas como na promoção de seus produtos no exterior. “Um dos temas mais procurados pelas empresas é a adequação de produtos, e o IPT é um grande parceiro nisso, fazendo um trabalho de excelência”, apontou.

Como explicou Mari Katayama, diretora do Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa do IPT, o Progex é uma ferramenta para quem quer iniciar ou fortalecer suas exportações. “Da mesma forma que as grandes empresas, as pequenas também precisam superar as exigências técnicas e sobreviver no mercado. As regras são as mesmas, como apresentar qualidade e ter preços competitivos”.

O programa do IPT pode auxiliar as organizações que faturam até R$ 90 milhões por ano de uma maneira ágil e desburocratizada, oferecendo apoio no atendimento a normas técnicas, qualificação para certificação, adequação de embalagem e redução de custos, dentre outros aspectos que os mercados externos vão requisitar. “Por meio da parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, o atendimento é feito com recursos não reembolsáveis de no máximo 90%, enquanto a empresa arca com o mínimo de 10% do valor do atendimento”.

Uma das empresas que contou com apoio do Progex e fez seu relato no evento foi a Fanem, que atua na fabricação de equipamentos eletromédicos e é responsável por 90% da exportação brasileira na área de neonatologia, atendendo mais de 100 países. “O apoio do Progex foi fantástico. Quase todos os nossos produtos foram certificados graças ao programa”, afirmou Djalma Rodrigues, diretor da empresa. O IPT possui experiência na área de equipamentos médico-hospitalares e odontológicos: segundo Mari Katayama, das 160 empresas paulistas do segmento, 110 já receberam contribuições do Progex.

Quando o assunto é exportação, a parceria é fundamental, tanto entre empresas e institutos de pesquisa e de apoio financeiro quanto entre as próprias empresas. Como afirmou Vaclav Soukup Filho, da Sweet Hair, que desenvolveu o primeiro xampu em pó do mundo, “nenhuma empresa pequena ou média consegue fazer um ‘show room’ sozinho em um evento na França”. No entanto, ao reunir empresas da mesma cadeia produtiva, por exemplo, é possível criar um espaço integrado de divulgação dos produtos.

O presidente da Investe São Paulo, Juan Quirós, elogiou a iniciativa do IPT: “Esta ação revela o envolvimento cada vez maior dos órgãos ligados ao Governo do Estado de São Paulo na determinação do governador Geraldo Alckimin no sentido de um esforço concentrado na exportação como saída para o momento de dificuldades econômicas que o País vive”, disse.