11/09/17 14h41

Descobridor de mares

Folha de S.Paulo

A Bossa Nova, que investe em empresas de tecnologia, vai alocar R$ 20 milhões ainda neste ano em novas startups. De julho de 2016 a julho deste ano já aplicara R$ 19 milhões.

Capitalizada, a Bossa tem um saldo de R$ 100 milhões recebidos do BMG e o aporte de uma empresa para aplicar em ferramentas para varejo, diz o fundador Pierre Schurmann.

Além disso, há investimentos de pessoas físicas, por meio de um FIP de R$ 100 milhões, que captou R$ 40 milhões. Para 2018, a expectativa é investir entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões. Além da injeção de recursos, uma mudança de modelo permitiu ganhar escala e saltar para 178 startups, diz Schurmann.

"Tinha de crescer rápido, e sendo dois sócios, quando chegássemos em 60, estaria fazendo água no processo." E disso ele entende: Schurmann é o filho mais velho da primeira família brasileira a dar a volta ao mundo de veleiro.

"Muitos desafios de startups são comuns. Criamos a Rede Bossa. Os próprios fundadores respondem a perguntas básicas: que plataforma uso, como faço marketing e contrato pessoas?"

Além da troca de conhecimento, uns abrem portas de seus contatos de empresas para os outros. Cerca de 92% dos problemas são resolvidos, diz. Para 2018, o rumo é mais ambicioso.

"Vamos fazer tickets mais generosos -hoje vão de R$ 100 mil a R$ 300 mil, máximo de R$ 800 mil -e ajudaremos empreendedores nas próximas rodadas. É difícil conseguirem aporte na faixa de R$ 2 milhões."