05/06/17 14h42

Comércio eletrônico brasileiro teve aumento de 29% em abril

Canal Tech

Os mais recentes números do indicador de varejo da Mastercard mostram um pouco de respiro para a economia do país, além de uma continuidade no crescimento bastante forte do setor de comércio eletrônico. De acordo com os dados da operadora de cartões, houve aumento de 29% nas vendas do e-commerce nacional ao longo do mês de abril, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os segmentos mais fortes foram eletrônicos, hobbies e livrarias e móveis, enquanto vestuário e artigos farmacêuticos, apesar do crescimento, apresentaram números abaixo do esperado. Uma demonstração, afirma a empresa, de que o consumidor está voltando a ter confiança na realização de compras e um sinal de que a situação do país começa a melhorar.

Outro demonstrativo disso veio nas vendas gerais, que continuaram seu movimento de queda, mas em abril apresentou redução de apenas 0,2% em relação ao mesmo período de 2016. A Mastercard chama a atenção para o fato de que o mês teve dois feriados bem próximos um do outro, a Sexta-Feira Santa e Tiradentes, mas ambos não afetaram negativamente a performance do varejo, como normalmente acontece.

A retração de apenas 0,2% é um sinal de melhora em relação à queda de 1,4% no primeiro trimestre de 2017 e 4,6% nos últimos três meses de 2016 – um dado importante devido às compras de Natal. Em abril deste ano, setores como supermercados, vestuário e artigo de uso pessoal tiveram crescimento acima da média.

Por outro lado, a situação ainda é complicada para segmentos como o de restaurantes, que não acompanharam o clima de otimismo e apresentaram queda de 2,3% nas vendas em abril, após uma redução de quase 8% entre janeiro e março. Uma mostra de que os gastos das famílias ainda estão sendo controlados, e que, por mais que elas estejam colocando mais dinheiro para rodar na economia, ainda há um certo controle de onde as notas serão colocadas.

No âmbito nacional, as regiões Sul e Sudeste apresentaram crescimento no varejo, na casa de 1,7% e 1,6%, respectivamente. Depois vem o Nordeste, com queda de 0,1%, o Centro-Oeste (-1,1%) e Norte (-1,3%), com os dois últimos apresentando valores abaixo da média geral do mercado.

Apesar dos números ainda sensíveis, a Mastercard prevê uma melhoria gradativa na medida em que a situação econômica do país se estabiliza e os consumidores voltem a ter confiança. Apesar do aumento na taxa de desemprego e na redução dos salários, as pessoas estão começando a gastar novamente, o que indica uma melhoria contínua ao longo dos próximos meses.