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BP avalia novas joint ventures com usinas brasileiras de etanol

Valor Econômico - 03/06/2009

A divisão de biocombustíveis da British Petroleum (BP) planeja colocar no mercado brasileiro em até três anos duas novas tecnologias para biocombustíveis de segunda geração que estão sendo desenvolvidas pela matriz nos EUA: o etanol de lignocelulose e o biobutanol. Para tanto, pretende lançar mão de sua estreia no mercado brasileiro de etanol por meio da Tropical Bioenergia, no primeiro investimento estrangeiro no setor sucroalcooleiro do país. A Tropical é uma joint venture criada em abril de 2008 com a Santelisa Vale - segundo maior grupo sucroalcooleiro do país, em apuros financeiros e acordo fechado para passar ao controle da Louis Dreyfus Commodities - e o Maeda, um dos maiores produtores de algodão. Santelisa e Maeda detêm, cada, 25% de participação. A BP, 50%.Desenvolvido em parceria com a DuPont, o biobutanol tem como característica a não absorção de água, o que permite seu transporte pelos mesmos dutos usados na distribuição de combustíveis como a gasolina. Segundo Ian Dobson, diretor de Tecnologia e Estratégia da BP, o biobutanol tem também desempenho igual ao de combustíveis tradicionais nos carros, podendo ser facilmente incorporado ao mercado. As pesquisas nos Estados Unidos estão em estado avançado: a primeira planta com produção em escala será inaugurada entre 2012 e 2013.

Já a lignocelulose é fruto de pesquisas da joint venture com a empresa de tecnologia Verenium, que inaugurará sua primeira unidade na Flórida, em 2012. "Assim que forem desenvolvidas, traremos para o Brasil. Mas não queremos vender só para as nossas plantas. Queremos vender as novas tecnologias para o mercado", diz Lindenhayn.