18/10/17 13h45

Alckmin anuncia em Aparecida a construção do 1º conjunto habitacional que produz energia a partir da luz solar

Ordem de serviço das obras foi assinada no Santuário Nacional, após celebração da missa em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil

Secretaria de Energia e Mineração

O Governador Geraldo Alckmin assinou na última quinta-feira, 12 de outubro, na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, a ordem de serviço que autoriza o início das obras do empreendimento Aparecida B, o primeiro residencial vertical que irá produzir, por meio de placas fotovoltaicas, energia a partir da luz solar. A tecnologia tem como objetivo proporcionar economia de consumo para apartamentos e áreas comuns do futuro condomínio. A assinatura aconteceu após missa campal em celebração aos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

“É o primeiro prédio de habitação de interesse social e totalmente com energia fotovoltaica do país. Já tínhamos com aquecimento solar onde o chuveiro não gastava energia. Agora o prédio tem energia fotovoltaica para abastecer todo condomínio e ainda a energia que sobrar é incorporada no sistema, gerando um crédito e uma economia para as pessoas”, comentou Alckmin.

Com investimento estimado em R$ 22,7 milhões, o conjunto será construído em Aparecida, na região administrativa de São José dos Campos, com 62 moradias para famílias de baixa renda.

“A população do Estado de São Paulo está introduzindo fortemente a energia solar fotovoltaica em suas residências e o projeto da CDHU traz esse benefício para a população de baixa renda, que terá o abatimento na conta de luz e colaborará com o meio ambiente”, afirma o secretário estadual de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.

A iniciativa, que tem baixo custo de manutenção, é resultado da experiência com projetos-piloto que a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) implantou desde o começo do ano em 26 moradias pelo interior do Estado. A tecnologia permite geração de energia e cria um sistema de compensação com a rede distribuidora. A energia é utilizada no consumo geral do residencial e o excedente é transferido para a rede de fornecimento da distribuidora. Por isso, o relógio de energia gira para os dois lados. Quando não houver produção de energia, seja à noite ou em dias com forte nebulosidade, os apartamentos serão abastecidos pela eletricidade da rede.

“O Governo de São Paulo sempre esteve na dianteira de inovações para moradias de interesse social. A CDHU, em seus mais de 50 anos, já fez isso com os aquecedores solares para água de chuveiro, individualização da medição de água e agora vamos fazer isso com a energia fotovoltaica”, diz o secretário estadual da Habitação, Rodrigo Garcia.

Obras

O contrato foi assinado em agosto deste ano e as obras devem ter início a partir da assinatura da ordem de serviço. A previsão de entrega dos apartamentos é de 24 meses a partir do início das construções. O empreendimento Aparecida B é composto de 62 unidades habitacionais, distribuídas em quatro edifícios – térreo mais três pavimentos, com área total a ser construída de 4.442,00 m², sendo 59 apartamentos com uma sala, cozinha, banheiro, área de serviço e dois dormitórios e três apartamentos com uma sala, cozinha, banheiro, área de serviço e um dormitório.

O empreendimento conta ainda com Centro de Apoio ao Condomínio (CAC), composto de administração, cozinha e dois banheiros. A infraestrutura compreende redes públicas e condominiais de água e esgoto sanitário, sistema de drenagem, rede elétrica condominial, rede de gás condominial, rede de telefonia, pavimentação, fechamentos, paisagismo e equipamentos de lazer.

No total, serão instalados 152 módulos de placas fotovoltaicas no telhado dos quatro blocos e que irão gerar em torno de 4.760 KWh/mês. Essa energia elétrica gerada pelo sistema será destinada principalmente às áreas comuns – estacionamento, espaços de circulação entre o condomínio e hall das escadas – e também para as moradias. Assim, os moradores economizam no pagamento de duas contas – tanto no condomínio, que inclui o consumo nas áreas comuns, quanto no seu próprio apartamento.

Está prevista uma geração de 50 kWh (quilowatt-hora)/mês por habitação –, o que representa cerca de R$ 30 de economia na conta mensal de cada família.

A obra é a primeira cujo processo licitatório contemplou a instalação de sistema fotovoltaico para geração de energia elétrica. A novidade é resultado da parceria entre as secretarias estaduais da Habitação e de Energia e Mineração. Depois de firmado o convênio, em dezembro de 2016, foram iniciados os contatos com as concessionárias de energia elétrica do estado de São Paulo para implantação de projetos-piloto com as placas fotovoltaicas. O objetivo é oferecer projetos habitacionais com alternativas de economia para os mutuários.